terça-feira, 8 de abril de 2008

assim

meu poema é vara, linha e anzol
isca que o abismo mordisca.
meu poema é rede, é laço
é puçá que caça o vento
armadilha de passarinho inventado
cão farejador de fantasmas
detector de ouro e metais.
meu poema fala de mares profundos
e regiões escuras, de submundos.
meu poema é poço e petróleo
é todo um sistema
dutos e bombas
homens e sombras.
meu poema não resolve
mas equaciona o problema
traz sempre à tona
esquecidas essências minerais
assim me alivia a guerra
me esvazia a terra
de dores e cólicas ancestrais.


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