sexta-feira, 28 de março de 2008

rixa de lagartixa ?

Andava triste e fui tomar um banho – lavar o corpo não lava a alma, mas às vezes ajuda a refrescar umas idéias. De qualquer forma, pedi a Deus que me mandasse algo de bom. Automaticamente, olhei prá cima - bobagem, não dizem é que Deus está em toda parte ? Mas no caso, olhar para cima me fez encarar o forro do banheiro e, pior, uma lagartixa que por lá passeava esnobando a gravidade. A bicha, quando ouviu o meu grito, despencou lá do alto, por pouco não caiu em cima de mim - nojo ! - e veio parar no box junto comigo. As duas nuas, as duas em pânico, atrapalhadas fugindo uma da outra e da água do chuveiro que jorrava. Ela, não sei, mas eu chorava de medo e ria de mim, atestando mais uma vez que, se Deus existe, é um grandessíssimo sacana, e devia estar se embolando de rir com as duas figuras encharcadas naquele ringue escorregadio:
- Está triste, filhinha ? Toma uma amiguinha prá você se alegrar ! Há há há...
Ela não conseguia sair do box nem escalar as paredes molhadas de azulejos. Tive que sair e tentar tirá-la com a bucha, o tapetinho, o vidro de shampoo, a escovinha... Afinal, depois de muita relutância, concedeu-me o grande favor de entrar dentro de um balde, onde ficou quieta, exausta, até eu terminar o banho. Então, já mais tranqüila, deitei o balde na área e deixei que ela reassumisse a nobre função de papa-mosquito.
Banho juntas, vá lá. Foi engraçado, até agradeço. Agora, cada uma seguindo o seu caminho.
Chispa !
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